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Workshop discute criação de Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação

por INPE
Publicado: Fev 05, 2007
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São José dos Campos-SP, 05 de fevereiro de 2007

Imagem Workshop discute criação de Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação

Nos dias 8 e 9 de fevereiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, promove em parceria com o Ministério do Meio Ambiente um workshop para discutir a elaboração de um sistema capaz de prever períodos de seca no semi-árido brasileiro e desenhar cenários futuros em um contexto de mudanças climáticas. Para levantar as condições de antecipar eventos críticos nas áreas suscetíveis à desertificação, estarão no INPE, em São José dos Campos, especialistas de entidades de defesa civil, climatologia, hidrologia, agricultura, recursos hídricos, demografia, entre outras ligadas ao tema, levantando informações para um futuro sistema integrado de alerta para beneficiar a sociedade.

Participam da abertura do evento, às 9 horas de quinta-feira (8), o diretor do INPE, Gilberto Câmara, e o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, representando a ministra Marina Silva.

“O objetivo deste workshop é definir as bases conceituais para a elaboração de uma proposta de um Sistema Brasileiro de Alerta Precoce de Secas e Desertificação, que responda às exigências da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca, assim como às prioridades estabelecidas pelo Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-Brasil)”, explica Javier Tomasella, coordenador do workshop no INPE.

Freqüentemente existem sinais de alerta antes da ocorrência de um evento crítico. Previsões de tempo indicam o início de tempestades, especialistas em secas estimam as chances de chuva, oceanógrafos buscam sinais do El Niño e conseguem mapear a propagação de um tsunami causado por terremotos, sismólogos podem interpretar os movimentos e ruídos abaixo do solo; estes são apenas alguns exemplos das formas que um desastre pode ser calculado com base no acompanhamento de seus sinais. Porém, existem outros indícios de vulnerabilidade que devem ser considerados por um sistema de alerta, como degradação ambiental, população concentrada em locais de risco, pobreza crescente e falta de conhecimento ou preparo para enfrentar tais adversidades.

Os sistemas de alerta costumam ser baseados no comportamento do fenômeno, seja ele uma seca, uma tempestade, um deslizamento de terra em encostas, uma epidemia, migração, um incêndio florestal ou uma lenta destruição da floresta. Os cientistas analisam e quantificam o comportamento dos fenômenos de “modelos” e usam o modelo para dizer o que provavelmente acontecerá.

O workshop no INPE irá levantar um conjunto de recomendações que orientem o desenvolvimento de um Sistema Brasileiro de Alerta Precoce de Secas e Desertificação. E, para isso, reúne atores relevantes envolvidos com o tema, ou que já possuam alguma experiência com sistemas de alerta, para buscar respostas a questionamentos inseridos em três grandes temas de trabalho: como desenvolver o sistema; como o sistema se insere na sociedade local; e o seu desenvolvimento institucional.

Entre os participantes, destacam-se representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), Secretaria de Defesa Civil, Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Banco Mundial, United State Geological Survey, Embaixada dos Estados Unidos, Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura, Agência de Cooperação Alemã, Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), entre outras instituições.


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