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Pesquisadores participam da 25ª Operação Antártica

por INPE
Publicado: Dez 18, 2006
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São José dos Campos-SP, 18 de dezembro de 2006

Imagem Pesquisadores participam da 25ª Operação Antártica

A equipe de 14 pesquisadores participantes do primeiro período de verão da 25ª Operação Antártica acaba de completar um mês na Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, onde permanecerá até o início de fevereiro. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) integra a missão, ao lado da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

As pesquisas do INPE concentram-se na área de Ciências da Atmosfera e estão divididas em três projetos: Geoespaço – Novos Diagnósticos de Anomalias no Meio Geoespacial e seus Efeitos na Atmosfera Terrestre na Região Polar e no Continente Sul Americano, coordenado por Emília Correia; Ozônio e Radiação UV - Estudos da radiação ultravioleta solar, UV-A e UV-B, na Estação Antártica Brasileira Comte. Ferraz e na região de Punta Arenas, Chile, coordenado por Neusa Paes Leme; Meteorologia - Monitoramento Meteorológico na Antártica, coordenado por Alberto Setzer.

Veja abaixo os detalhes de cada projeto:

Geoespaço - tem como objetivo estudar as perturbações da alta atmosfera da Terra através de vários experimentos e identificar os fenômenos solares que as produziram (se explosões, ejeções de massa coronal (EMC) e/ou vento solar de alta velocidade). Deste modo é possível estabelecer a conexão entre as alterações do meio interplanetário e o clima terrestre.

Ozônio e Radiação UV - dedicado às observações da radiação ultravioleta solar, na região da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz e na região de Punta Arenas, Chile. Tem como objetivo estudar as variações da radiação ultravioleta (RUV), nas faixas do UV-A e UV-B, com medidas de superfície analisando a variação ao longo do ano e durante o fenômeno chamado “Buraco de Ozônio Antártico” em duas diferentes latitudes, abrangendo a Ilha Rei George ( 57 o W ; 62 o S ), a cidade de Punta Arenas (71o W ; 53 o S), no Chile. Espera-se com este estudo acompanhar as variações da radiação UV com as mudanças na concentração da camada de ozônio para obter mais informações das flutuações destas radiações com a finalidade de subsídios aos estudos do impacto produzido no ecossistema da região analisada.

Principais atividades no período:

· Dar continuidade nas medidas da camada de Ozônio e da radiação UV.

O Buraco de Ozônio este ano foi muito intenso e alcançou dimensão recorde de 29 milhões de Km2 em setembro. Sobre a região de Ferraz, a destruição da Camada de Ozônio foi de 60% no período, com um índice de radiação máximo de 8. No mês de novembro o Buraco de Ozônio ainda encontrava-se ativo sobre a região. O maior índice de radiação UV medida no dia 28 de novembro foi 8.8, que é considerada alta para a região antártica. No dia 15 de novembro o Buraco de Ozônio estava sobre Ferraz, produzindo uma diminuição de 50% na concentração do ozônio.


Imagem do satélite da NASA, mostrando o Buraco de Ozônio (cor azul escuro e vermelho), no dia 16 de novembro de 2006.




Instrumentação de superfície que mede a concentração do ozônio e a radiação ultravioleta solar.


Meteorologia - assegura a continuidade dos registros meteorológicos do Programa Antártico Brasileiro, Proantar, na Antártica, mantendo o desenvolvimento de pesquisas de sistemas meteorológicos regionais e de suas interações com o Brasil, bem como dá prosseguimento ao apoio de quase 20 anos a inúmeros projetos de pesquisa de várias áreas do conhecimento que lá se realizam, e ao próprio Proantar. Desde 1984 o Proantar tem mantido o projeto de meteorologia Antártica com atividades na Estação Antártica Brasileira Comt. Ferraz - EACF, e na região norte da Península Antártica, com apoio do CNPq e da Secirm. Nesta iniciativa destacam-se a coleta regular na EACF de dados meteorológicos, de imagens de satélites, de cartas de análise de tempo, e o apoio a equipes em trabalho de campo sob condições ambientais que ocasionalmente oferecem alto risco de periculosidade; em locais remotos; 3 estações automáticas transmitem dados por satélites, integradas à rede da OMM. Os dados diários coletados em Ferraz estão disponibilizados no site: http://www.cptec.inpe.br/antartica.


Estação Meteorológica na Antártica


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