Notícia
Lançamento de telescópio é sucesso
São José dos Campos-SP, 21 de novembro de 2006
O lançamento do balão com o experimento SUMIT (sigla em inglês para SuperMirror Imaging Telescope experiment), realizado no domingo (19/11), às 18h, a partir da base do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em Cachoeira Paulista (SP) foi considerado um sucesso pela equipe que coordena o projeto. O SUMIT é um imageador de raios X de tecnologia inovadora, capaz de produzir imagens de alta resolução de objetos astronômicos.
Após aproximadamente 12 horas e 30 minutos de vôo tempo previsto para a duração da operação -, foi acionado o comando que desprende o telescópio do balão. Minutos antes, o experimento havia perdido contato com a base e, por isso, não foi possível rastreá-lo para recuperar o telescópio, que desceu de pára-quedas sobre o oceano, no Estado do Rio de Janeiro, a 30 milhas da Restinga de Marambaia.
O telescópio, que possui um comprimento de 8 metros e pesa aproximadamente 800 quilos, foi alçado a 38 quilômetros de altitude por um balão estratosférico de 500 mil m3 de volume.
Os principais objetivos científicos do experimento SUMIT são a detecção de mecanismos de aceleração de partículas no universo, medidas diretas da emissão de buracos negros ocultos por espessas nuvens interestelares em núcleos de galáxias, e estudo de nucleossíntese em restos de supernova para compreender o ciclo de reprocessamento de elementos químicos no universo. Os dados e imagens coletadas pelo telescópio serão analisados pelos pesquisadores.
O SUMIT é um dos recentes experimentos em balão estratosférico desenvolvidos no mundo para observação de raios X energéticos por meio de técnicas de focalização utilizando óptica geométrica (até então restritas a raios X com energias inferiores a 10 quilo-eletronvolts, ou keV). As imagens produzidas pelo SUMIT podem chegar a 100 keV.
A campanha do SUMIT é o resultado de um programa de cooperação técnica do Setor de Lançamento de Balões (SLB), da Coordenação Geral de Ciências Espaciais e Atmosféricas (CEA) do INPE, com a Universidade de Nagoya e o ISAS (Institute of Space and Astronautical Science, do Japão.
Foto: Yasushi Ogasaka
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