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Curso mostra uso do sensoriamento remoto em oceanografia

por INPE
Publicado: Abr 19, 2006
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São José dos Campos-SP, 19 de abril de 2006

Imagem Curso mostra uso do sensoriamento remoto em oceanografia

Começou esta semana, no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia), o curso Evaluation of satellite ocean-color algorithms and products in coastal regions of Central and South América, que integra o programa de Professores Visitantes na área de Oceanografia - uma iniciativa conjunta da Fundação Nippon (NF) e do Parceiros para a Observação Global dos Oceanos (POGO). O treinamento propõe o sensoriamento remoto da cor do oceano como uma ferramenta para estudo e análise dos ecossistemas marinhos. O curso é ministrado pelo professor visitante Dr. Robert Frouin, do Instituto de Oceanografia Scripps (SIO), da Universidade da Califórnia San Diego, auxiliado pelo Dr. B. Greg Mirthell, do SIO, e pela Dra. Vivian Lutz do INIDEP, Argentina.

Participam do curso alunos de doutorado e jovens cientistas da América do Sul e Central, interessados em trabalhar com análises quantitativas de dados biológicos no ambiente marinho e nas interações biofísicas. Segundo Milton Kampel, pesquisador do INPE e coordenador do evento no Instituto, o curso deve ser visto como o início de uma cooperação de longo-período e um esforço sustentado de capacitação na região, já que as atividades dos participantes serão acompanhadas por alguns anos após o término do programa. “Espera-se que o legado deste treinamento se perdure no futuro”, afirmou.

A iniciativa resultará em uma contribuição para a ANTARES, uma rede integrada de estações de coleta de dados costeiros e de satélites focados no estudo e detecção de mudanças no ambiente marinho de longo-período em torno da América do Sul. O objetivo da rede ANTARES é caracterizar e entender o impacto das mudanças climáticas e atividades de evolução do homem nos ecossistemas costeiros da região, além de fornecer um veículo efetivo para o treinamento e a capacitação de profissionais no local.

Além das aulas teóricas, serão realizadas demonstrações práticas da análise de dados orbitais da cor do oceano, a partir do sensoriamento remoto. Para isso, os alunos também frequentarão o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) e os laboratórios da base de Ubatuba do IOUSP.

Os participantes trabalharão na elaboração e execução de projetos de pesquisa, assim como na análise e na interpretação de dados coletados durante o curso. A apresentação dos resultados obtidos será feita através de seminários e na preparação de artigos científicos.

A primeira parte do curso vai até 12 de maio. A segunda etapa acontece entre os meses de julho e agosto, com foco no sensoriamento remoto orbital da cor do oceano.

Alunos durante a primeira aula do Evaluation of satellite ocean-color algorithms and products in coastal regions of Central and South América. Curso segue até o segundo semestre deste ano.


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