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Pesquisadora do INPE ensina vietnamitas a usar satélites na educação
São José dos Campos-SP, 23 de março de 2006
A convite da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, a pesquisadora Tania Maria Sausen, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, participou no Vietnam de um workshop para difusão do sensoriamento remoto como recurso didático, entre os dias 3 e 9 de março. A UNESCO mantém um programa de educação espacial voltado para países em desenvolvimento, com o objetivo de capacitar professores do ensino fundamental e médio.
Além de utilizar imagens de satélites nas aulas, os professores aprendem fundamentos da ciência espacial. Também participaram dos workshops um astrônomo filipino, um astronauta francês, uma pesquisadora da Agência Espacial Japonesa-JAXA para o programa de foguetes dágua , bem como a coordenadora da UNESCO e uma representante da Agência Espacial Japonesa, conta Tania Sausen, destacando que as atividades aconteceram em três cidades: Hanói, Hué e Ho Chi Min. Cada workshop teve 200 participantes, entre professores e alunos, que acompanharam com muito interesse tanto as palestras como as atividades práticas.
O evento no Vietnam foi o terceiro promovido pela UNESCO, que já levou os especialistas em ciência espacial para a Colômbia e Filipinas. O próximo deve acontecer no mês de maio, na Síria. Um dos objetivos é discutir planos de educação para estes países, com representante do Ministério de Educação, com base em experiências bem-sucedidas. O Brasil pôde mostrar os cursos de sensoriamento remoto para professores e o software livre Spring, ambas iniciativas do INPE. O Programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), que disponibiliza gratuitamente as imagens, também costuma despertar interesse nos educadores.
Na Colômbia, país que está na área de cobertura da antena do INPE em Cuiabá, usei muito as imagens do CBERS. Mas mesmo os vietnamitas ficaram impressionados com os recursos deste satélite, contou a pesquisadora.
Coordenadora do Programa EducaSERE, criado por ela para disseminar o sensoriamento remoto nas escolas, a Dra. Tania Sausen participa de comitês internacionais na área de educação e atua junto à UNESCO desde 2002. Não tenho dúvidas das vantagens do uso da tecnologia espacial nas salas de aula. A motivação dos educadores é evidente. Isto porque imagens de satélites podem ser usadas em muitas disciplinas, desde o ensino de geografia e história, passando pela educação ambiental e ecologia, conclui.
A Dra. Tânia Sausen entre alunos vietnamitas, em frente à Universidade de Huê
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