Notícia
Experimentos são pré-aprovados pela comitiva russa
São José dos Campos-SP, 27 de janeiro de 2006
A comitiva russa que esteve esta semana no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, recomendou pequenos ajustes na estrutura física dos experimentos que vão para a Estação Espacial Internacional (ISS). A adequação é necessária para certificá-los quanto à segurança para a viagem espacial. Observadas as recomendações, todos os nove experimentos foram pré-aprovados pelos técnicos da Agência Espacial Russa (Roscosmos) e da empresa estatal russa Energia, responsável pela operação técnica do vôo.
Desde segunda-feira (23), os pesquisadores brasileiros responsáveis pelos experimentos estiveram reunidos com a comitiva russa e com membros da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do próprio INPE, em São José dos Campos, onde serão realizados os testes de verificação das condições de segurança.
Nesta quinta-feira (26), ao final desta etapa de análise técnica, AEB e Roscosmos assinaram dois protocolos - o primeiro com o registro dos trabalhos realizados durante a semana, e o segundo de providências técnico-administrativas. "O documento assinado é apenas um registro da reunião. Nele estão detalhadas todas as recomendações e sugestões dos técnicos russos", explicou Raimundo Mussi, assessor técnico-científico da AEB e coordenador da Missão Centenário, assim denominada em homenagem aos cem anos do vôo do 14Bis. "Cada experimento foi analisado detalhadamente e todas as recomendações serão cumpridas", completou Raimundo Mussi.
A aprovação dos experimentos ocorrerá somente após a repetição da bateria de testes, que incluem ensaios elétricos, de termo-vácuo e de resistência à vibração, que serão feitos no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE. Depois, uma última carga de testes acontecerá na Rússia com o objetivo de verificar se a integridade das pesquisas não foi alterada durante o transporte dos experimentos àquele país. A realização dos experimentos na ISS faz parte do Programa de Microgravidade da AEB, que disponibiliza à comunidade científica ambientes de baixa gravidade.
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