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INPE participa de audiência pública sobre mudanças climáticas

por INPE
Publicado: Nov 10, 2005
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São José dos Campos-SP, 10 de novembro de 2005

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo realizou nesta quarta-feira (9/11) audiência pública para discutir as conseqüências das mudanças climáticas e o Protocolo de Kyoto. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, participou da reunião, organizada pelo deputado estadual Nivaldo Santana, e também levou à Assembléia uma exposição de painéis institucionais, uma plataforma de coleta de dados (PCD) e uma maquete do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS).

O Protocolo de Kyoto tem como objetivo reduzir as concentrações dos gases de efeito estufa, que causam o aquecimento da Terra, e foi assinado pela maioria dos países, sendo o Brasil um dos mais atuantes entre as nações em desenvolvimento. Um dos obstáculos ao Protocolo foi a não ratificação do Protocolo pelos Estados Unidos, responsáveis por mais de 26% das emissões globais de gás carbônico. 
Apesar disso, os países que ratificaram o documento, que entrou em vigor em fevereiro deste ano depois da adesão da Rússia, estão buscando reduzir as emissões e uma das formas é a obtenção de "créditos de carbono" do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) criado pelo Protocolo de Kyoto. Para obtenção destes créditos, os países desenvolvidos podem financiar projetos brasileiros que tenham como resultado a prevenção do efeito estufa e o conseqüente aumento da temperatura terrestre.
 
O meteorologista José Marengo, do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, explicou na audiência pública as prováveis causas do aquecimento global, lembrando que a década de 1990 foi a mais quente do último milênio. "Precisamos levar em conta os motivos naturais, embora desmatamento, queimadas e poluição tenham forte influência no clima", destacou o especialista. 

Também participaram Haroldo Machado Filho, da Coordenação Geral de Mudanças Globais do Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia; Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo; e João Wagner Alves, da Divisão de Questões Globais da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental. "As pessoas estão se conscientizando da vulnerabilidade do clima e iniciativas como esta audiência colaboram para o esclarecimento da população", concluiu José Marengo, do INPE.


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