Notícia
São José dos Campos registra alto índice de poluentes
São José dos Campos-SP, 30 de agosto de 2010
Dados do projeto de biomonitoramento do Vale do Paraíba desenvolvido pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Estado de São Paulo (USP), mostram que a cidade de São José dos Campos (SP) vem apresentando índices de poluentes inadequados à saúde.
O padrão de qualidade do ar vem sendo ultrapassado para o ozônio (O3) desde 21 de agosto, tendo atingido a faixa dos 200 µg.m-3 no último final de semana. De acordo com a Resolução Conama nº 03 de 28 de junho de 1990, o limite de ozônio troposférico tolerado é de 160 µg.m-3. Este patamar não deve ser excedido mais de uma vez ao ano. Entretanto, na cidade os valores entre 25 e 29 de agosto foram de 232, 179, 201, 218 e 229 µg.m-3, respectivamente.
Os números referentes à quantidade de poluentes no ar utilizados neste projeto de biomonitoramento são disponibilizados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), no site www.cetesb.sp.gov.br. Em seu relatório mais recente, a Cetesb estabelece que a qualidade do ar pode variar entre boa (índice de até 80mg.m-3), regular (de 80 a 160), inadequada (de 160 a 200), má (de 200 a 800) e péssima (acima de 800mg.m-3).
Quando a concentração de ozônio fica acima de 160 µg.m-3, toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda apresentar falta de ar ou respiração ofegante. Esses efeitos são ainda mais acentuados nos grupos mais sensíveis como crianças, idosos e pessoas com problemas cardiovasculares.
O ozônio é um poluente secundário, isto é, ele é produzido fotoquimicamente pela radiação solar sobre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis.
Como as fontes diretas são estáveis, pois o número de carros e indústrias na cidade se mantém, ficamos dependentes das condições meteorológicas para diluir estes poluentes, e de fatores climáticos como a baixa umidade do ar, que registramos neste período seco do ano, explica a pesquisadora Rauda Mariani, coordenadora do projeto de biomonitoramento do Vale do Paraíba.
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