Notícia
INPE calcula emissões de CO2 por desmatamento na Amazônia
São José dos Campos-SP, 24 de novembro de 2009
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresentou nesta terça-feira (24/11), durante o lançamento do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, em Brasília, os primeiros resultados de estudo sobre as emissões de gases do efeito estufa relacionadas ao desmatamento na Amazônia.
O INPE calculou a quantidade de dióxido de carbono (CO2) lançado à atmosfera pela retirada da floresta para informar e subsidiar adequadamente políticas de redução de desmatamento e de emissões. O estudo apresenta estimativas anuais para toda a Amazônia até 2008 e, neste cálculo, considerou os dados do seu sistema Prodes, que monitora por satélite e quantifica as áreas desmatadas na Amazônia.
Segundo o estudo, no período 1999-2008 as emissões na Amazônia contabilizaram cerca de 700-800 MtonCO2 (milhões de toneladas de carbono) anuais. Porém, com a queda na taxa de desmatamento nos últimos anos, em 2007-2008 a média das emissões também diminuiu para 500-550 MtonCO2/ano.
Os pesquisadores analisaram as emissões em cada um dos nove Estados da Amazônia e os resultados refletem as diferenças sócio-econômicas e biofísicas regionais. Mato Grosso, por exemplo, contribuiu com 36% das taxas de desmatamento regionais no período de 1989-1998, embora apenas 29% das emissões líquidas no mesmo período são oriundas do Estado. As diferenças entre os percentuais de desmatamento e de emissões ocorrem pela variação de biomassa nos estados amazônicos.
Para os pesquisadores do INPE, estes resultados mostram a importância de considerar as diferenças regionais, a dinâmica do processo de desmatamento da floresta e seus diferentes componentes, tanto para estimar as emissões, quanto para nortear ações governamentais visando sua redução.
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