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Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

por INPE
Publicado: Nov 18, 2004
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São José dos Campos-SP, 18 de novembro de 2004

A Semana Nacional do Livro e da Biblioteca (Decreto Lei nº 84. 631, de 2 de abril de 1980) no INPE, foi comemorada nos dias 28 e 29 de outubro de 2004, organizada pelo Serviço de Informação e Documentação (SID), da Coordenação de Ensino, Documentação e Programas Especiais (CEP), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O evento foi patrocinado pela Elsevier, Imagem – Soluções de Inteligência Geográfica e Vale Veículos, com o apoio da Coordenação Geral de Observação da Terra (OBT), Divisão de Sensoriamento Remoto (DSR). O evento foi aberto às 15:30 horas do dia 28 de outubro (Quinta-feira), no Hall e na sala de exposições da Biblioteca.

A abertura da Semana contou com o seguinte programa: Homenagem aos Inpeanos Autores de livros, o “SARAU NA BIBLIOTECA”, visitação aos painéis (exposição de fotos, poesias e de livros dos autores inpeanos) e coquetel.

Abriu o evento o Dr. Marcos Dias da Silva (Coordenador da CEP), representando o Sr. Diretor do Instituto, que enfatizou o empenho do pessoal da Biblioteca. A Sra. Marciana Leite Ribeiro (Chefe do SID) ressaltou a importância desta Semana no INPE dedicada a homenagear os Autores da Comunidade Inpeana, em reconhecimento as suas obras, à contribuição delas ao setor espacial e à cultura em geral, convidando a uma reflexão sobre a preservação da Memória do Instituto e a reforçar a importância da Biblioteca na comunidade.

A Drª Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo (pesquisadora da DSR), escreveu e leu lindamente um texto no qual, de um jeito simples, teceu um vínculo poético entre todos os autores (discurso em anexo). A Sra. Maria do Carmo Soares da Silva (LIT), brindou os autores, o livro e a Biblioteca com poesias destrinchadas com alma e delicadeza. O Dr. Antonio Yukio Ueta, aquele que muito conhece do também homenageado Paulo Nubile, descreveu doce e saudosamente o amigo de todas as horas. A Drª Maria Virginia Alves (LAP), atentamente conduziu o cerimonial e com ênfase fechou brilhantemente o encontro lendo uma poesia em homenagem aos autores.

Além dos artistas das letras, dos poemas, das emoções, o evento contou também com música na participação especial dos jovens e talentosos “filhos artistas de inpeanos”; inquietos senhores dos sons divinos da arte que misturavam-se a pais num misto de nervosismo, parceria e orgulho.

Houve apresentação de violino (Minuet Ing Sol - Bethoven, Ave Maria - Gounod e Tormento D’ Amore - Luiz Schiavon) e viola clássica (Cascavel – Alexandre P. da Fonseca e Trenzinho Caipira – Heitor Villa Lobos) pelo jovem Alexandre Augusto Pivott da Fonseca (filho do servidor Nicolau dos Santos da Fonseca - Gráfica). Formal no terno, despojado nas palavras e íntimo da viola clássica e do violino, nos confundiu porque no fim da apresentação já não se distinguia onde terminava o seu talento e onde começavam os seus incríveis olhos verdes. E, tão novo, já é até professor. A apresentação de música erudita (Lisette – Canção francesa - Autor desconhecido e Nel Cor Più Non Mi Sento – Giovanne Paisiello), por Elisa Braga (filha do Pesquisador João Braga - CEA) que, no frescor dos seus 12 aninhos e como a cotovia que na história acordava toda manhã a Julieta de Shakespeare, intrigou a todos com o timbre e a afinação de sua voz, acompanhada do professor de canto, atento e carinhoso que, de próprio punho, cuida do som que embala a voz da aluna e se confunde com ela. Apresentação de piano (The Happy Farmar – R. Schumann, Minuet 1 - J.S. Bach, Minuet – J. S. Bach, Trumpet Minuet – W. Duncombe e Southpaw rock), por Lucas Fantinel (filho da bibliotecária Rosemary Gay Fantinel), uma criança ainda, que vira adulto na concentração e um anjo na perfeição de dedos delicados que deslizam com classe nas teclas obedientes, olhinhos vivos que percorrem o teclado, o público e no fim aceita os aplausos com um sorriso enigmático no canto da boca. A professora, cuidadosa, acenando discretamente com a cabeça o sempre acertar do aluno.

O evento contou com a presença de aproximadamente oitenta pessoas num misto de autores, professores, alunos, pesquisadores, artistas, familiares, patrocinadores e demais servidores que entre emocionados e descontraídos desfrutaram do emocionante momento, percorrendo obras, painéis, relembrando com os olhos e o coração o começo de tudo, de como a biblioteca em quarenta anos se modernizou, de como a Biblioteca Digital facilita a preservação e disseminação da Memória Técnico-Científica. Coquetéis bem feitos foram oferecidos num ir e vir de garçons alinhados, e permeados por um sorteio de livros onde todos dividiram a sorte, dando assim um ar intimista ao encontro. E entre talentos e público, já não se sabia mais quem era um e quem era outro, porque todos se sentiram homenageados.

Quase todos os autores homenageados estiveram presentes e aqueles que não puderam participar por motivos de trabalho enviaram os cumprimentos pela iniciativa e agradecimentos através de e-mail e telefonemas. Portanto, não seria exagero afirmar que esse foi um acontecimento inédito na existência da Biblioteca do INPE, hoje com mais de 40 anos, coração do Instituto e de seus ilustres usuários e parceiros.

É nossa intenção que esse evento tenha continuidade nos anos vindouros e esperamos ser capazes, como nessa semana, de pensarmos nos próximos com igual ou maior entusiasmo e viabilizarmos condições que nos permitam reunir na Biblioteca o pesquisador, o poeta, a gente do nosso Instituto, porque o Espaço Cultural Paulo Nubile está criado.

Depois de tudo, aprendeu-se que: “A veia da emoção todos a têm mas precisa-se de coragem e humildade para se expor às críticas e aos aplausos”. (Maria do Carmo)


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