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Monitoramento de Áreas de Florestas Degradadas na Amazônia – DEGRAD

por INPE
Publicado: Ago 04, 2009
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São José dos Campos-SP, 04 de agosto de 2009

Imagem Monitoramento de Áreas de Florestas Degradadas na Amazônia – DEGRAD

O INPE apresenta uma tecnologia adicional para monitoramento da cobertura florestal da Amazônia com imagens de satélites: o Sistema de Monitoramento de Áreas de Florestas Degradadas na Amazônia – DEGRAD.

O objetivo do DEGRAD é monitorar em escala anual a dinâmica das áreas de florestas degradadas nas áreas florestadas da Amazônia Legal. São consideradas como florestas degradadas áreas não desmatadas e que apresentam evidências de incêndio florestal ou que estão sob exploração madeireira de alta intensidade que resulta em exposição do solo por rarefação do dossel florestal.

O DEGRAD utiliza o mesmo conjunto de imagens de satélites do Sistema de Monitoramento de Desmatamento na Amazônia – PRODES. São imagens Landsat, CCD/CBERS e DMC, todas com resolução espacial na faixa de 20 a 30 metros. As imagens cobrem todas as áreas de florestas contidas na Amazônia Legal. Para auxiliar a interpretação, estas imagens são processadas de modo a realçar evidências de abertura na copa do dossel florestal e exposição de solo. O realce de imagem é feito a partir de razão simples de imagens de solo e de vegetação obtidas de transformação dos dados radiométricos originais por algoritmo de mistura espectral.

As imagens realçadas foram interpretadas por técnicos especializados em interpretação de imagens de satélites e verificadas por especialistas do INPE. Foram interpretadas todas as imagens utilizadas nos PRODES de 2007 e 2008, de agosto/06 a julho/07 e agosto/07 a julho/08. As interpretações foram feitas de modo independente entre os dois anos para permitir a constatação da persistência ou da recuperação da degradação no intervalo de tempo. A figura abaixo ilustra o resultado do realce de imagem.

A Figura1 mostra a imagem Landsat de 3 de agosto de 2008, realçada para evidenciar degradação do dossel florestal e exposição de solo. A região cobre  parte dos municípios de Marcelândia, Nova Santa Helena, Claudia e União do Sul (MT). As áreas em amarelo são locais de corte raso conforme mapeamento do PRODES. Vários exemplos florestas degradadas são assinalados na figura.

Figura1- Imagem Landsat processada no DEGRAD

Foram calculadas ás áreas de florestas degradadas mapeadas nos anos 2007 e 2008 e foram examinadas a constância da degradação durante os dois anos e a quantidade de área degradada em 2007 que foi desmatada em 2008. Foram medidos 15.987 km2 em 2007 e 27.417 km2 em 2008, dos quais 3.698 km2 se apresentavam degradados também em 2007 (23%). Das áreas degradadas em 2007, 1.982 km2 foram mapeadas como desmatadas no PRODES de 2008 (12%). As participações de cada Estado da Amazônia Legal nestas destas estatísticas são apresentadas nas tabelas abaixo.

Veja aqui tabela: Florestas degradadas por Estado da Amazônia Legal

Veja aqui tabela: Dinâmica das áreas de floresta degradada entre os anos de 2007 e 2008

Os mapas em formato vetorial do DEGRAD estão disponíveis no site www.obt.inpe.br/degrad e podem ser visualizados no site do PRODES www.obt.inpe.br/prodes. As imagens utilizadas estão disponíveis no site do PRODES.

 


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