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INPE sedia reunião da Força Tarefa do IPCC para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa

por INPE
Publicado: Mai 05, 2009
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São José dos Campos-SP, 05 de maio de 2009

Imagem INPE sedia reunião da Força Tarefa do IPCC para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa

Mais uma vez o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, recebe um grupo do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). A Força-Tarefa de Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa é responsável por elaborar os manuais metodológicos utilizados pelos países para reportar suas emissões nos diversos setores, como Energia, Processos Industriais, Transporte, Resíduos, Agricultura, Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Floresta.

De 5 a 7 de maio, 53 especialistas do Reino Unido, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Brasil, entre outros países, debatem a abordagem do IPCC para reportar as emissões antrópicas de gases de efeito estufa provenientes do uso da terra, mudança do uso da terra e florestas.

Mudanças nos estoques de carbono florestal, muitas vezes, não resultam de ações diretamente promovidas pelo homem, mas sim de processos indiretos, como o próprio aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera. As remoções de dióxido de carbono que resultam de processos não diretamente relacionados à ação direta do ser humano não deveriam ser reportadas para fins da Convenção do Clima e do Protocolo de Quioto. Entretanto, separar os efeitos diretamente produzidos pelo ser humano daqueles naturais ou indiretos é uma tarefa com limitações do conhecimento científico.

“A reunião no INPE promoverá uma discussão sobre a abordagem atual proposta pelo IPCC e a possibilidade de abordagens alternativas, e suas implicações”, comenta Thelma Krug, assessora de Cooperação internacional do INPE, co-presidente da Força Tarefa em Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa do IPCC, e membro do Conselho do IPCC desde 2002.

O primeiro inventário brasileiro, sobre os anos de 1990 a 1994, não inclui as remoções de dióxido de carbono em áreas de floresta nativa, mesmo aquelas em terras consideradas manejadas, por considerar que essas remoções não resultaram de ações diretamente promovidas pelo homem. Contudo, há necessidade de se manter uma comparação entre os inventários nacionais dos diferentes países, o que só pode ser feito caso as metodologias adotadas pela Convenção sejam fielmente utilizadas. “Vale lembrar que caso o Brasil reporte as remoções de dióxido de carbono por suas florestas nativas, desde que em terras manejadas, isso levaria a uma revisão da posição que o país ocupa atualmente no ranking das emissões globais de gases de efeito estufa”.

Serão três dias de atividades em que os especialistas discutirão em grupos de trabalho e sessões de plenária. A abertura da reunião "Revisiting the Use of Managed Land as a Proxy for Estimating National Anthropogenic Emissions and Removals" será às 9h30 desta terça-feira no auditório Fernando de Mendonça, no INPE de São José dos Campos (SP). E os resultados do encontro serão apresentados em plenária, na tarde de quinta-feira (7/5), no mesmo auditório.


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