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CRN/INPE e Cornell University medem interferências ionosféricas em sinais GPS

por INPE
Publicado: Jan 22, 2009
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São José dos Campos-SP, 22 de janeiro de 2009

Imagem CRN/INPE e Cornell University medem interferências ionosféricas em sinais GPS

Um experimento científico investigou irregularidades ionosféricas que podem afetar os sinais dos satélites GPS. Conduzido pelo professor Paul Kintner, da Cornell University (EUA), o estudo sobre a cintilação na frequência L2 foi realizado em janeiro, durante duas semanas, no Centro Regional do Nordeste do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRN/INPE), localizado em Natal. Também participam do estudo Eurico de Paula e João Gualberto, do INPE, Enivaldo Bonelli e Francisco Mota, da UFRN.

Chamadas de bolhas ionosféricas, as irregularidades causam variações na amplitude e na fase das ondas de rádio. Estas variações, conhecidas como cintilação, podem chegar a interromper os sinais de GPS.

Nos últimos anos, trabalhos experimentais realizados pelo INPE em colaboração com a Cornell University demonstraram os efeitos das bolhas ionosféricas e a cintilação na operação do receptor do GPS na freqüência L1. Agora os pesquisadores estudam os efeitos na freqüência L2, pela qual é transmitido o sinal civil de seis dos trinta satélites GPS.

A intensidade da cintilação depende principalmente do ciclo solar, entre outros fatores.  Durante o máximo solar, fenômeno que ocorrerá pela próxima vez em 2011, a cintilação poderá ser observada do sul de Santa Maria até o norte de Boa Vista. Atualmente no mínimo solar, são possíveis as observações nas regiões mais próximas do Equador, como Natal, devido à retração da ionosfera.

O experimento de cintilação em Natal utilizou três receptores GPS especialmente planejados e construídos na Cornell University para medidas rápidas de sinais de GPS em L1 e L2. Um dos receptores está localizado no CRN/INPE e os outros dois estão instalados na UFRN.

“Com os três receptores em lugares diferentes podemos medir a velocidade das irregularidades ionosféricas, já que elas flutuam entre os equipamentos. Também podemos medir a evolução temporal das irregularidades desde que elas sejam observadas em tempos diferentes pelos três receptores”, disse o professor Paul Kintner.


Brady O'Hanlon, estudante da Cornell University, e o engenheiro João Gualberto com um dos receptores instalados em Natal.


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