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INPE divulga nota sobre as previsões para Santa Catarina

por INPE
Publicado: Dez 02, 2008
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São José dos Campos-SP, 02 de dezembro de 2008

Imagem INPE divulga nota sobre as previsões para Santa Catarina

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lamenta a tragédia causada pelas intensas chuvas em Santa Catarina e presta esclarecimentos sobre suas previsões. O primeiro aviso meteorológico do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE a alertar sobre as chuvas no Estado foi divulgado em 18 de novembro. Na ocasião, foi colocada a possibilidade de acumulados significativos de chuva no dia 21 de novembro, ou seja, três dias depois, em cidades localizadas na faixa litorânea de Santa Catarina. Desde então, o CPTEC/INPE vem acompanhando a situação e emitindo avisos meteorológicos, disponíveis na página www.cptec.inpe.br/tempo.

Não é possível enviar avisos à Defesa Civil com uma semana de antecedência, pois a confiabilidade da previsão cai conforme aumenta o prazo. Em várias cidades do Estado de Santa Catarina foram registrados recordes históricos de precipitação acumulada, tanto para um período de 24 horas como para o mês de novembro. A previsão meteorológica do CPTEC/INPE não alertou sobre a ocorrência de chuvas em tal intensidade, mas previa a possibilidade de acumulados superiores a 100mm, o que já favorece deslizamentos de terra.

A previsão é resultado da análise dos meteorologistas baseada em vários modelos numéricos de previsão de tempo que, neste caso, subestimaram as chuvas, que chegaram a 500 mm em 48 horas. O processamento dos modelos é feito pelo CPTEC/INPE, em Cachoeira Paulista (SP), com o supercomputador mais avançado da América Latina para operação e pesquisa em tempo e clima. Contudo, devido à complexidade da circulação atmosférica e às limitações dos modelos numéricos atuais no Brasil e no mundo, não é possível prever com exatidão a intensidade e a localização dos fenômenos meteorológicos. Para melhorar essa situação, já está sendo adquirido pelo INPE um novo supercomputador, com capacidade de processamento 50 vezes maior, que aliado a novos modelos permitirá um avanço substancial nas previsões de tempo.


Figura de modelo utilizado na previsão pelo CPTEC/INPE


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