Notícia
Monitoramento eficaz garante doação ao Fundo Amazônia
São José dos Campos-SP, 17 de setembro de 2008
A sofisticação dos sistemas brasileiros de monitoramento dos desmatamentos da Floresta Amazônica convenceu o governo da Noruega a garantir a doação de até US$ 1 bilhão para aplicação, entre 2008 e 2015, no Fundo Amazônia - destinado a proteger a maior cobertura florestal do continente, diz nesta quarta-feira (17/9) o jornal Valor Econômico. A notícia de que o Brasil se credenciou a receber a doação da Noruega por causa, principalmente, do sistema de monitoramento da floresta por satélite, desenvolvido e operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), também foi destacada em jornais como O Estado de São Paulo.
A doação foi formalizada nesta terça-feira (16), em solenidade no Palácio do Planalto, pelo primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg. O aporte inicial é de US$ 20 milhões e ao longo dos próximos doze meses está garantido o depósito de mais US$ 120 milhões ao Fundo, criado para captar recursos nos mercados interno e internacional e aplicá-los em programas de desenvolvimento sustentável, em pesquisa e inovação tecnológica e na conservação da biodiversidade da região.
Vigilância por satélite
Baseado em imagens de satélites, o monitoramento do desmatamento na Amazônia feito pelo INPE é reconhecido internacionalmente por sua excelência e pioneirismo. Com 20 anos de história, o PRODES é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir os 4 milhões de km2 de áreas florestais com freqüência anual. Seu resultado mostra a taxa média e a estimativa da extensão do desflorestamento da Amazônia brasileira e tem orientado a formulação de políticas públicas para a região.
Desde 2004, o INPE também opera o sistema DETER - Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que utiliza sensores com alta freqüência de observação para rapidamente fornecer dados aos órgãos de controle ambiental e assim colaborar na contenção do desmatamento.
Outro importante instrumento utilizado na preservação da maior reserva natural da Terra é o monitoramento orbital de focos de calor, que fornece dados ao Programa de Prevenção e Controle às Queimadas e Incêndios Florestais no Arco de Desflorestamento, conhecido como PROARCO, sob a responsabilidade do Ibama.
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