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INPE inicia testes da Estrutura do CBERS 3 & 4

por INPE
Publicado: Mar 26, 2008
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São José dos Campos-SP, 26 de março de 2008

Imagem INPE inicia testes da Estrutura do CBERS 3 & 4

Começaram esta semana (24/3) os testes estáticos do Modelo de Qualificação do Subsistema Estrutura dos satélites CBERS-3 e 4, com lançamentos previstos para 2009 e 2011, respectivamente. O objetivo é simular as condições de carga que atuam na estrutura do satélite durante a fase de lançamento. Os testes estão sendo realizados no Laboratório de Ensaios Estruturais do Instituto da Aeronáutica e Espaço (IAE) do CTA – Comando-Geral de Tecnologia Aeronáutica, onde também já foi testada a estrutura dos CBERS-1 e 2.

O projeto, fabricação e testes desse subsistema é de inteira responsabilidade do Brasil, que divide igualmente com a China o desenvolvimento dos CBERS-3 e 4. Para essa etapa, o INPE contratou o consórcio CFF (Cenic/Fibraforte), que segue projeto preliminar e requisitos estabelecidos pelos Instituto.

A próxima fase do desenvolvimento dos CBERS-3 e 4 são os testes dinâmicos (vibração senoidal e acústica), que serão realizados no Laboratório de Integração e Testes do INPE.

Os CBERS-3 e 4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) representam uma evolução dos satélites CBERS-1, 2 e 2B, este último lançado em setembro de 2007. Para o CBERS-3 e 4, serão utilizadas no módulo carga útil quatro câmeras (Câmera PanMux - PANMUX, Câmera Multi Espectral - MUXCAM, Imageador por Varredura de Média Resolução - IRSCAM, e Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada - WFICAM) com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados. A órbita dos dois satélites será a mesma que a dos CBERS-1, 2 e 2B.

Histórico
Quando de sua assinatura, em 1988, o Programa CBERS contemplava o desenvolvimento e construção de dois satélites de sensoriamento remoto que também levassem a bordo, além de câmeras imageadoras, repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. Os CBERS-1 e 2 são idênticos em sua constituição técnica, missão no espaço e em suas cargas úteis (equipamentos que vão a bordo, como câmeras, sensores, computadores entre outros equipamentos voltados para experimentos científicos). Os equipamentos foram dimensionados para atender às necessidades de China e Brasil, mas também para ingressar no emergente mercado de imagens de satélites até então dominado pelos que integram o bloco das nações desenvolvidas. 

Em 2002, foi assinado um acordo para a continuação do programa, com a construção de dois novos satélites - os CBERS-3 e 4, com novas cargas úteis e uma nova divisão de investimentos de recursos entre o Brasil e a China - 50% para cada país (nos CBERS-1 e 2  a divisão foi de 70% para a China e 30% para o Brasil). Porém, em função de o lançamento do CBERS-3 ser viável apenas para 2009, e diante de um possível final de vida útil do CBERS-2 ocorrer antes de 2009 - com grande prejuízo para ambos os países e para os inúmeros usuários do CBERS -, o Brasil e a China, em 2004, decidiram construir o CBERS-2B e lançá-lo em 2007.


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