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Mapeamento mostrará áreas sensíveis ao óleo na Bacia do Espírito Santo

por INPE
Publicado: Dez 18, 2007
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São José dos Campos-SP, 18 de dezembro de 2007

Imagem Mapeamento mostrará áreas sensíveis ao óleo na Bacia do Espírito Santo

Um projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) irá apontar áreas sensíveis ao derramamento de óleo na Bacia Sedimentar Marítima do Espírito Santo. Coordenado pelo pesquisador Douglas Gherardi, o projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e terá recursos de R$ 999.654,58.

O projeto consiste na elaboração de Cartas de Sensibilidade Ambiental a Derramamentos de Óleos (Cartas SAO), que serão usadas no planejamento de medidas de prevenção e de combate a incidentes de poluição por óleo. Estas cartas localizam praias, áreas de proteção ambiental, pesqueiros, rotas migratórias, indicam correntes marítimas, ventos, além de listar as espécies da flora e da fauna existentes.

“Para elaborar este tipo de carta é preciso estruturar um banco de dados em um sistema de informações geográficas (SIG), usando imagens de satélites, dados cartográficos, informações da distribuição e sazonalidade de recursos biológicos e da localização e natureza dos recursos socioeconômicos”, explica Douglas Gherardi.

Toda a costa brasileira está sendo mapeada para indicar as áreas prioritárias para ações de combate à poluição de óleo. Já foram realizados os trabalhos em quase todas as bacias da região Nordeste. No Sudeste, a Bacia Sedimentar Marítima do Espírito será a segunda área a ter suas cartas de sensibilidade ambiental ao óleo. Recentemente, foi concluído o estudo na Bacia de Santos por meio de projeto que também contou com a coordenação do INPE.

Cartas SAO

As Cartas SAO apresentam levantamentos detalhados do ambiente litorâneo para atender a todos os níveis de derramamento, desde grandes vazamentos em áreas remotas (offshore), passando por derrames de porte médio a alguma distância das instalações da indústria do petróleo (ao largo do litoral), até incidentes localizados (em pontos específicos da costa). Mostram as áreas de recreação, lazer e veraneio, de pesca e maricultura, localizando as unidades de conservação e as tomadas d`água para plantas industriais e de energia, salinas, portos e terminais, entre outros.

Este tipo de levantamento apresenta três tipos de informações básicas. A primeira define o índice de sensibilidade do litoral (ISL) ao óleo, baseado nas características geomorfológicas da costa, como tipo de substrato, declividade do litoral e grau de exposição à energia de ondas e marés. Outra informação levanta todos os recursos biológicos sensíveis, indicando locais de concentrações de espécies, áreas de alimentação, reprodução, berçários, nidificação, e rotas de migração, além de listar as espécies em perigo de extinção. A terceira informação básica é sobre as atividades socioeconômicas que podem ser prejudicadas pelos derramamentos ou afetadas pelas ações de resposta.

Mais informações no site http://www.dsr.inpe.br/projeto_saosantos/


Produto ETM4, 5, 3 + Pan resultante da fusão por IHS. Desembocadura do canal da Bertioga (SP) próximo a cidade de Bertioga. É possível discriminar os mangues (A) da vegetação restante e das áreas urbanas (E). O baixo contraste da mata Atlântica (D), e da restinga (B eC) dificulta o mapeamento. Os segmentos de praias (F) não são tão bem definidos como no produto ETM3, 2, 1 + PAN.

Confira aqui o Mapa operacional da Bacia de Santos


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