Notícia
África terá acesso gratuito a imagens do CBERS
São José dos Campos-SP, 30 de novembro de 2007
Brasil e China vão distribuir gratuitamente imagens do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS) para todo o continente africano. O serviço foi anunciado nesta semana durante a reunião do Grupo de Observação da Terra (GEO), na Cidade do Cabo, África do Sul. A distribuição das imagens contribui para que governos e organizações na África monitorem desastres naturais, desmatamento, ameaças à produção agrícola e riscos à saúde pública.
Além de fornecer as imagens, o Brasil também se comprometeu a distribuir o software para o processamento das imagens e a treinar os usuários africanos interessados em ter acesso ao sistema. A distribuição de dados para África deve estar em pleno funcionamento no início de 2008.
Brasil e a China estabeleceram, em 1988, uma parceria para a construção, lançamento e operação conjunta dos satélites. O Programa CBERS permite aos dois países produzir dados e imagens de seus territórios a custo reduzido. As informações ajudam na formulação de políticas públicas em áreas como monitoramento ambiental, desenvolvimento agrícola e planejamento urbano.
No Brasil, o desenvolvimento do CBERS cabe ao INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Na China, o programa está sob a responsabilidade da CAST - Chinese Academy of Space Technology.
Brasil lidera distribuição de imagens de satélite
As imagens CBERS também são fornecidas gratuitamente para países da América do Sul que estão na abrangência das antenas de recepção do INPE em Cuiabá, Mato Grosso. O Brasil é hoje o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo, graças à política adotada em junho de 2004 que permite o download gratuito a partir do site www.dgi.inpe.br/CDSR.
Apenas no Brasil já foram distribuídas aproximadamente 350 mil imagens CBERS para cerca de 15 mil usuários de várias instituições públicas e privadas, comprovando os benefícios econômicos e sociais da oferta gratuita de dados. Na China, após a adoção de uma política similar à brasileira, foram distribuídas mais de 200 mil imagens, sendo o Ministério da Terra e de Recursos Naturais seu principal usuário.
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