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Pesquisadores do INPE integram comitê da Rede Nacional de Fusão
São José dos Campos-SP, 21 de agosto de 2007
O Diário Oficial da União publicou na sexta-feira (17/8) designação do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, para a composição do Comitê Técnico-Científico da Rede Nacional de Fusão. Conforme a portaria, o presidente do comitê será o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves. Já o secretário executivo será Ricardo Magnus Osório Galvão, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).
Os demais membros do comitê são: Gerson Otto Ludwig e Edson Del Bosco, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); Ivan Cunha Nascimento, da Universidade de São Paulo; Ricardo Viana, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Munemasa Machida, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Artour Grigerovich Elfimov, da USP, e Luiz Antonio Berni, do INPE, são os suplentes do Comitê Técnico-Científico da Rede Nacional de Fusão.
A portaria completa pode ser acessada pelo site www.in.gov.br, Seção 2 do Diário Oficial da União, página 6.
Rede Nacional de Fusão
Criada em novembro de 2006, a Rede Nacional de Fusão tem como missão promover o avanço da pesquisa em fusão nuclear no Brasil, desenvolvendo a capacitação científica e técnica necessária para viabilizar esta tecnologia como fonte de energia limpa, segura e sustentável. Inicialmente, reúne cerca de 70 pesquisadores de 15 instituições nacionais para desenvolver pesquisas na área.
A Rede Nacional de Fusão é um dos elementos do Programa de Energia Nuclear, no âmbito da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Governo Federal para promover o avanço científico-tecnológico da fusão nuclear controlada no país, coordenando as atividades dos grupos atuantes nesta área.
Tokamak do INPE
A fusão nuclear controlada acontece por meio de um tokamak, máquina para confinamento magnético de plasma. O Brasil possui 3 tokamaks no INPE, na Unicamp e na USP, porém de pequeno porte. Para gerar energia suficiente para abastecimento será preciso desenvolver um reator de capacidade muito maior. E já está em andamento o projeto de um protótipo de reator capaz de produzir energia por fusão com um fator pelo menos 10 vezes maior do que energia necessária para produzir e confinar o plasma. O protótipo é uma iniciativa internacional da qual o Brasil poderá participar, através da Rede Nacional de Fusão.
O projeto do International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), que será construído na França, está sendo conduzido desde a década de 90 pelos países da União Européia, Estados Unidos, Japão, Rússia e, mais recentemente, Coréia do Sul, China e Índia.
No final de 2005, cientistas europeus estiveram no INPE para conhecer o seu Laboratório Associado de Plasma, pioneiro no desenvolvimento de um tokamak com geometria toroidal esférica. A fusão nuclear gera energia abundante sem poluir o meio ambiente, usando como combustível uma fonte quase inesgotável isótopos de hidrogênio. Daí a importância da Rede Nacional de Fusão e da participação do Brasil no projeto experimental do reator termonuclear.
Tokamak do Laboratório Associado de Plasma do INPE
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