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INPE conclui testes da carga útil do VSB-30

por INPE
Publicado: Jun 19, 2007
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São José dos Campos-SP, 19 de junho de 2007

Imagem INPE conclui testes da carga útil do VSB-30

Técnicos do Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluem nesta terça-feira (19/6) os ensaios ambientais da carga útil do VSB-30, foguete de sondagem que será lançado em julho da base de Alcântara, no Maranhão, na denominada Operação Cumã II.

Após a verificação do balanceamento, propriedade de massa, centro de gravidade e inércia, foram realizados os testes de vibração, etapas essenciais para antecipar o comportamento da carga durante as diferentes fases do vôo. E pela primeira vez no Brasil os técnicos puderam fazer a análise estrutural de um módulo de foguete durante os ensaios de vibração.

“A participação do INPE é fundamental. Se não tivéssemos aqui a estrutura para estes testes, o vôo do VSB-30 poderia ser realizado só no ano que vem”, diz o coordenador de carga útil da Operação Cumã II, Flávio de Azevedo Corrêa Júnior, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

Desenvolvido pelo IAE em cooperação com a Agência Espacial Alemã (DLR), o VSB-30 é um foguete próprio para a realização de experimentos científicos em ambiente de microgravidade. Levando nove projetos de instituições de pesquisas e universidades brasileiras, este será o quarto vôo do VSB-30. O primeiro serviu para a qualificação do foguete e também partiu de Alcântara. Os dois lançamentos seguintes aconteceram na Suécia e levaram experimentos alemães.

A operação Cumã II faz parte do Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB), que possibilita às universidades e institutos de pesquisa a realização de experimentos em ambiente de “gravidade zero” (baixa gravidade). Neste vôo, que terá apogeu de 282 quilômetros, o tempo para realização dos experimentos será de seis minutos e meio. O vôo terá duração total de aproximadamente 20 minutos.

A realização de experimentos em microgravidade é necessária para a observação de fenômenos mascarados na Terra pela força gravitacional, principalmente na área biológica, médica e de estudo de materiais.

Além dos veículos de sondagem, a Estação Espacial Internacional (ISS) também oferece ambiente de baixa gravidade para a realização de pesquisas. Porém, para experimentos de curta duração, este tipo de foguete é considerado a melhor alternativa devido à estabilidade. “Não é só a ausência de peso que é importante, mas também a falta de movimento. Por isso na ISS geralmente são realizados apenas os experimentos em que é necessária a observação por tempo mais prolongado. Cerca de 90% dos experimentos em microgravidade são realizados com foguetes de sondagem”, comenta Flávio Corrêa.

O VSB-30 leva experimentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ), da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), além de um experimento binacional do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desenvolvido em parceria com uma universidade alemã.

Experimento do INPE

Desenvolvido pelo pesquisador Irajá Bandeira, o experimento do INPE embarcado no VSB-30 é um forno de até 1.000 ºC para solidificação em microgravidade de amostra de ligas metálicas semicondutoras. O forno é utilizado durante a experiência em ligas semicondutoras do próprio INPE e também serve ao experimento de difusão térmica de nanopartículas metálicas em materiais vítreos da UFPE.


Teste de vibração da carga últil no LIT/INPE


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