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Revista Science chama a atenção para “apagão de imagens” de satélite nos EUA

por INPE
Publicado: Abr 02, 2007
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São José dos Campos-SP, 02 de abril de 2007

Imagem Revista Science chama a atenção para “apagão de imagens” de satélite nos EUA

A crise na área de Observação da Terra nos Estados Unidos, desencadeada por problemas no Programa LANDSAT foi tema do editorial da edição de 30/3 da revista Science. O LANDSAT-7, último satélite da série, lançado em 1999, vem funcionando em condições precárias desde 2003, por causa de uma falha em um de seus sensores. O LANDSAT-5, lançado em 1984, por sua vez, já superou em muito a sua vida útil planejada - de três anos -, e deverá parar de funcionar antes do lançamento do próximo satélite da família, previsto para 2011.

Segundo a Science, seriam necessários US$ 500 milhões anuais para se restaurar o programa de observação da Terra dos Estados Unidos – investimento que não figuraria entre as prioridades da NASA.

O reconhecimento pela comunidade científica dos EUA da existência de um "apagão de imagens" repercutiu no Brasil em reportagem publicada no dia 1º/4 na Folha de S. Paulo. O texto do jornal brasileiro traz declaração do diretor do INPE, Gilberto Câmara, afirmando que, se o Brasil não tivesse desenvolvido o Programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), não seria possível, hoje, dar continuidade aos programas de monitoramento da Amazônia, o PRODES e o DETER. Isto porque as imagens LANDSAT são a principal ferramenta para o levantamento e cálculo anual das áreas desmatadas.

O satélite CBERS pertence à mesma classe de satélites de observação da Terra que os da família LANDSAT. O Programa CBERS, desenvolvido com a China, colocou o Brasil entre as nações que detém a tecnologia do sensoriamento remoto, estratégica para o monitoramento ambiental, aplicações como mapas de queimadas e desflorestamento da região amazônica e estudos na área de desenvolvimento urbano nas grandes capitais do país. Graças ao Programa CBERS, o Brasil é hoje um dos maiores distribuidores de imagens orbitais do mundo.

Em setembro deste ano será lançado o CBERS-2B, terceiro satélite do programa sino-brasileiro. Seu objetivo é garantir que o fornecimento de imagens iniciado em 1999 com o CBERS-1 não seja interrompido. A vida útil projetada dos satélites CBERS 1, 2 e 2B é de dois anos e a dos satélites CBERS 3 e 4 é de 3 anos. O CBERS-1 operou com sucesso até agosto de 2003, além de sua vida útil, êxito que está se repetindo com o CBERS-2. O lançamento do CBERS-3 está previsto para 2008, e o do CBERS-4, para 2011.


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